“Inté, meu querido e velho pai . . .”
É sentimento partilhado por todos os massapeenses, o chamamento divino de Expedito Ferreira Sousa aos 84 anos, dia 1º de julho de 2008, de quem a Nação Forrozeira, além fronteiras, se ufana com justificado orgulho, visto que, na qualidade de idealizador-promovente, legou-nos através do tempo, sessenta anos de tradição do Chitão dos Pobres de Massapê – uma manifestação popular e cultural, que faz parte integrante do calendário festivo junino anual de nossa a cidade. Além de pai dedicado e extremoso, vivendo para sua esposa e filhos, a quem legou os mais nobres sentimentos de honradez e amor ao trabalho, Expedito Galinha D’água, como era carinhosamente conhecido, a família, amigos e o povo, rendem-lhe homenagens sincera e espontânea. Papai, um dia desse eu sonhei com você, numa “Festa no Céu” ouvindo o imortal Luiz Gonzaga: “Quero ver soltar foguete, quero ver subir balão, até no céu a festa é noite de são João…”, em seguida: “Balãozinho dourado, vai caindo a garoa, a festa é tão linda, a noite é tão boa, são João, são João, acenda a fogueira do meu coração…” e por fim: “Ai, ai, ai, ai; ai, ai, ai, tá chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem, eu tenho que ir embora, quem parte leva saudade de alguém que fica chorando de dor…”, no “Chitão dos Pobres” 2008 de Massapê, que se realizou dia 26 de julho, comemorando “Bodas de Diamante” na sua sexagésima edição. É… meu cabra bom arretado da peste, que se tem notícia o senhor foi o maior forrozeiro que já deu por essas bandas da região nordeste do Brasil. O senhor fez história e a sanfona do Pipiu tocou uma nota triste (Dó Maior), e chorou dando-lhe o último adeus. E, de pai para filho, creia o senhor, essa história continua, repassando a tradição, de geração a geração . . .
O cronista forrozeiro órfão de pai, Ferreirinha – julho 2008.